O meia-atacante americano Robbie Rogers, que se declarou
homossexual em fevereiro deste ano e deixou o futebol no mês seguinte,
afirmou em entrevista ao canal ABC, dos Estados Unidos, que
escondeu por tanto tempo sua orientação sexual por medo de sofrer
ofensas homofóbicas nos vestiários.
O último clube do atleta de 25 anos
foi o Leeds, da Inglaterra, do qual foi liberado em janeiro.Rogers contou que já passou por situações semelhantes desde a época de colegial, e não quis correr o risco de ser novamente discriminado como profissional.
Segundo o jogador, que ainda cogita voltar a atuar
profissionalmente, é "quase impossível" ser gay assumido no mundo do
futebol, onde há "um estereótipo de que você precisa ser um homem viril,
dar trombadas, bater nos outros caras". O americano disse que precisou
se adaptar ao "mundo macho man" do esporte.
Rogers afirmou também que assumiu ser homossexual porque
foi "criado para ser uma voz, para ser único, não para seguir um
bando". Filho de família "conservadora e católica", o jogador disse que
cresceu ouvindo que ser gay "não era natural, era um pecado", e isso o
"assustava muito". O meia-atacante tem 18 partidas e dois gols marcados
com a seleção dos Estados Unidos.
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