Carrego-te , no peito, seguro
cá dentro trago-te , por certo
árido , vasto ,profano deserto
Longe e apartado , eu juro
tu és sempre mui bela flor
entre lavandas e alecrim
tu te irisas, cor, multicor
tão sempre mais distante
o arfante tempo venturo
te trará de volta enfim
vai a aurora e o ocaso
bailam vivas lembranças
como o alarido de mil crianças
dourado idílio, te comprazo
memórias, meu exilio alterno
me perco, me desgoverno
maltrata-me tempo teu descaso
A saudade é o ter-te sempre agora
mas o tempo aprisiona a hora
avaro esquece-se de mim
saudade é um mar mais profundo
donde transbordam emoções
lagrimas d´ almas e corações
sagrado maior que o além-mundo
afogo-me na tua ausência
sob o peso dessa doce inclemência
deslastra o tempo os segundos
teu mundo, meus mundos
vou-me nessa louca insanidade
do coração, por fim, batendo saudade
Sobre Edson Ovídio Alves:
Escritor e editor do blog - www.teardeideias.blogspot.com.br
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